terça-feira, 4 de maio de 2010

Eis uma pessoa popular...

Ele tem Orkut, fotolog, MSN, facebook, formspring, twitter e o caralho a quatro e se encontra fielmente online e atualizado.
Ele está sempre presente nas melhores festas (que só são as melhores, porque ele foi).
Ele tem uma banda que muita gente curte e fazem de tudo pra virar amigo dele, que liga, que decora as letras das músicas, que tenta até ir aos ensaios...
Eis aqui uma pessoa popular!
Tão bonito, tão legal, sempre que tem alguma festa ou show, é só avisar no Orkut, MSN, twitter e o caralho a quatro (novamente), que é garantia de muitos amigos e ver a galera fervendo e pagando pau pra ele, afinal... Ele é popular. E como tal, acha ser a pessoa mais sortuda do mundo, já que tem amigos (nossa, muitos amigos mesmo!), é super conhecido, é reconhecido na rua e muita gente olha com cara de “puts, como deve ser legal ser ele!”.
Até que ele fica sem internet. Puts, já era, twitter desatualizado ninguéééém merece! Offline no MSN então? Vixi... Sem chance. Bom, pelo menos ele ainda tem as festas. Ah, tirando aquela que rolou mas ninguém o convidou porque ele estava offline, e ninguém quis ligar pra ele porque hoje em dia as pessoas só sabem cultivar laços através de teclas. Sem internet, sem festas, sua popularidade começa a cair, e o número de amigos cai um pouco... Mas nada que um show não resolva! Show? Tsc tsc, nada disso. Ele saiu da banda. E agora?
Bom... Agora é que o popular é um cara sem internet, sem festas e sem banda. O que um cara assim pode te oferecer? E você responde: Absolutamente nada. Uééé, mas ele há pouco tempo atrás não era seu suuuper amigo do peito? Naaahhh, você só seguia ele no Twitter, enquanto ele era interessante pra você, mas agora...
Nunca acreditei em acaso. Tudo acontece por algum determinado motivo. Seja ele qual for, serve pra muitas coisas, e no caso dele foi para mostrar quais são seus amigos de verdade e quais não passavam de meros conhecidos. E o resultado foi assustador.
Está no dicionário, pessoa popular, pessoa de muitas amizades. Errado. Os tempos mudaram e os amigos foram reduzidos.
Hoje, se eu tivesse que definir “popular” no dicionário seria: Pessoa popular, pessoa de muitos seguidores no Twitter.
Seria cômico, se não fosse trágico.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sociedade dos Peixes Mortos

Certa vez, passei por um lugar muito estranho, e os nativos e seus costumes mais estranhos ainda! Os nativos se diziam "democráticos", mas pra mim era uma baita ditadura.
Seu líder é extremamente controlador e poderoso, fazendo com que seus súditos o siga fielmente. É o líder que determina a forma de pensar, de agir e até mesmo de se vestir desse povo. Sua opinião influencia tanto nas escolhas do povo que, muitas vezes, é vista como certo e incontestável.
Apesar de tudo, o líder é amado por muita gente. Não raro, o único momento em que a família está junta, eles usam este tempo para ir se encontrar com o seu líder. É até amado por quem não tem família, o líder faz companhia para quem está se sentindo só.
A inteligência do líder é incontestável. Ele até serve de babá, quando os casais de seu povo estão cansados e sem paciência. O líder é famoso por suas contações de histórias, e muitas delas realmente são muito boas, mas o povo não lhes dá muita atenção. Os nativos preferem as histórias cheias de cultura inútil e obsenidades, e o líder sabe muito bem disso, já que suas histórias são cada vez mais baixas, aumentando sua popularidade.
Até quando alguém não quer seguir a ordem do líder, ele é tão perverso que consegue agor sublinarmente, influenciando o seu subconsciente. É a ditadura mais bem pensada que eu já vi: Faz o povo seguir suas ordens sem nenhum tipo de rejeição, se deixando levar e dominar, sem que percebam que estão sendo manipulados, e ainda introduz ao seu povo a falsa ilusão de liberdade.
Pobre povo iludido...
Mas nem tudo está perdido. Depois de caminhar um pouco, encontrei um muro pichado, onde dizia: "Apenas peixes mortos seguem a correnteza". Parei na frente do muro e refleti... E percebi que a solução desse povo, a liberdade deles, era muito simples. Para ser um peixe vivo, basta fazer uma coisa: Desligar a TV.

Jujuba.


Segundo o ditado popular,


Não é preciso se preocupar com a morte.
Ela é garantida e ninguém vai ser bobo de querer roubá-la da gente.
O importante é cuidar da vida, que é boa, bela, rica, preciosa e inesperada, mas muito frágil.
Ela, sim, pode ser roubada.

(Ricardo Azevedo)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Um outro olhar sobre a educação...

De todas as grandes burradas feitas pela humanidade, uma das maiores (se não a maior) foi transformar a educação em negócio. Os alunos foram reduzidos a números de matrícula, destinados a decorar informações mirabolantes para acertar as temidas somatórias, fazendo com que seu resultado jogue o nome da escola lá em cima. Formando ignorantes que aprendem a decorar, mas não aprendem a aprender, as escolas viraram empresas. Mas e as escolas públicas, que não tem de onde lucrar? E o pé rapado que não teve bons estudos e que só poderá fazer uma faculdade se entrar em uma federal? Provavelmente terá sua vaga roubada por algum filhinho de papai que estudou em uma Escola-Empresa e que passou na federal não por saber a matéria, mas por ter decorado macetes e musiquinhas que logo sumirão da sua memória, mas garantem a sua entrada na faculdade. E o pé rapado que se foda, que vá trabalhar o dia inteiro para pagar a faculdade à noite.
Tem uma coisa que eu sempre achei engraçado. Ninguém em sã consciência faria uma cirurgia de risco com um médico formado em medicina à distância pela faculdade “pagou-passou”, do interior do interior do Acre. Porém, muita gente confia em pessoas que não tem noção alguma de pedagogia para educar seus filhos. Um grande exemplo disso é a famosa organização não governamental “Amigos da Escola”, projeto com o ideal de alfabetizar pessoas que não tem acesso às escolas. A idéia inicial parece interessante, se deixarmos levar pelo senso comum. Porém, vamos tentar ao menos uma vez pensar de forma crítica. Os “Amigos da Escola”, por ser uma ONG, aceita qualquer tipo de pessoa, seja ela formada ou não. Seria o mesmo que falar que qualquer pessoa pode ensinar, desvalorizando ainda mais o profissional do ensino, os professores que passam anos estudando para poder ter o seu diploma e o direito de dar aulas. E por mais que a ONG já tenha ajudado muita gente a aprender, não é responsabilidade da comunidade, mas sim do governo construir escolas em lugares onde as pessoas não têm acesso. Os “Amigos da Escola” apenas tiram a responsabilidade do governo, ajudando o mesmo a se safar. E ainda querem botar a culpa na lastima na educação nos professores! Francamente, você teria animo para ensinar se seu salário fosse metade de um salário mínimo? Você daria uma boa aula se as paredes da sala de aula estivessem prestes a cair? Você teria coragem de rodar o aluno que te ameaçou de morte? Com tanta desvalorização profissional, fica complicado. As escolas estão tão vazias quanto o futuro das nossas gerações.
A evasão e o fracasso escolar não são culpa do professor que não soube ensinar. Não é culpa da família que não apóia nem motiva. Não é culpa do aluno que tem preguiça de estudar. É culpa do governo que não tem vergonha na cara para fazer escolas de qualidade.
E por que o governo não investe em educação? Pelos simples fato de não ser de interesse do estado formar jovens pensantes, pois cidadãos bem instruídos são muito mais difíceis de enganar e controlar.
Agora me diga... Diploma pra quê? Serve muito mais para enfeitar a sua estante do que pra garantir o seu futuro. 


Jujuba Roach. 

 

quinta-feira, 18 de março de 2010

A escolha.


Perdi a paciência com pessoas,
Pessoas são tão fúteis... Pessoas são tão covardes... Pessoas são tão estranhas...
Já quis muito que meus olhos não fossem capazes de acompanhar meus pensamentos...
Já tentei ver o lado bom de cada um, o que quase me deixou louca ao perceber que esse ‘lado bom é exatamente o problema.
Uma pessoa é considerada boa se está dentro do que a sociedade espera que ela seja. Ou seja, ela deve obedecer a certas normas, leis, regras, rótulos... Deve seguir a tal da Moda. Pobre pessoa... Fútil.
Mas algumas pessoas não se contentam com isso e resolvem ser diferentes. Não irão seguir nem modas, nem regras, nem nada que faça ela se sentir presa. Porém, essas pessoas não tem coragem de tomar essa atitude sozinhas, e acabam se juntando com outras que pensam da mesma forma, e se tornam os grandiosos diferentes que de diferentes não tem nada. Pobre pessoa... Covarde.
E então você percebe que seguindo o par você vira um idiota, e seguindo o impar você vira um imbecil. Difícil escolha. Ai então você resolve não seguir nem uma coisa nem outra, e começa a seguir a si mesmo. Sem se esforçar em estar dentro da norma imposta, mas também sem se esforçar em ser um diferente que anda com outros IGUALMENTE ‘diferentes’.
Ai você se sente deslocada. Você não enxerga mais com os mesmos olhos certos momentos que até então seriam grandiosos. Passa a agir de modo oposto a tudo que está a sua volta. Pobre pessoa... Estranha.
Dentre as opções, escolhi ser a estranha da vez. Até porque futilidade e covardia é algo que vem de dentro, e estranheza é algo que vem dos olhos de quem vê. E o que vêem quando me olham não é problema meu.
Pessoas são tão... Pessoas.
Esse é o problema delas.
E eu perdi a paciência com todas.

Jujuba Roach.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

E agora, Onélia?

Eu devia ter uns 13 anos...
Estava assistindo uma aula de ciências, com a Onélia, a professora mais temida da época, no Educandário Imaculada Conceição. Sempre paguei muito pau pra Onélia. Ela era foda. Ela fazia todo mundo respeitar ela, era a aula mais silenciosa (a única!), conseguia fazer todo mundo se matar de estudar, e sabia muuuuuuuito da matéria. No fundo, beeem no fundo, mas beeem lá no fundo mesmo, eu daria tudo pra ser ela. Tirando a parte de ela ser feia, nariguda, velha, gorda, e um tanto quanto careca... Eu daria tudo pra ser ela.
Enfim, era alguma manhã em que estávamos falando sobre tudo, menos ciências. Como de praxe, o assunto sempre acabava em “homens”, e a Onélia começou com aqueles discursos de velha virgem que não teve sorte de encontrar alguém pra si e se revoltou contra todos os homens da face da terra, dizendo coisas como “Meninas, NUNCA acreditem nos homens. Tudo o que eles querem é abusar de vocês, usá-las até dizer chega, e quando vocês tiverem velhas iguais a mim, eles não pensarão duas vezes em chutá-las”.
Algumas meninas discordavam, dizendo que seus pais eram apaixonados há anos e tal, e a conversa foi se prolongando. Até que a Onélia deu seu último e fatal argumento:
“Eu quero que um raio caia na minha cabeça agora se nenhum dos pais de vocês trocariam as suas respectivas esposas por, sei lá, uma Ferrari...”
O silêncio na sala prevaleceu, as opiniões foram cortadas, não havia nenhum argumento que pudesse combater o da Onélia e, ela conseguiu fazer com que todas as meninas ali presentes (eu, inclusive) acreditassem que amor verdadeiro, acima de qualquer coisa, não existe.
E a aula de ciências voltou, tranquilamente.

Sete anos depois, eu não consigo lembrar absolutamente nada da matéria de ciências que ela passou aquele dia, mas aquela frase eu nunca esqueci e sempre concordei.
Hoje eu e meu namorado estávamos conversando de boa, falando coisinhas fofas e tal, e ele me solta um “eu nunca te trocaria nem por uma Ferrari”.
Não teve como não lembrar da Onélia. Não teve como não lembrar das palavras dela. Não teve como não lembrar dos sete anos que cresci acreditando nisso. E acima de tudo, olhando nos olhos dele, não teve como não acreditar que ele estivesse sendo sincero. Ele falava a verdade, e eu sabia. Provavelmente ele não entendeu nada quando eu achei aquilo a coisa mais linda que já me falaram na minha vida, e comecei a chorar loucamente.
Mas aquilo não foi só uma prova de que ele me ama acima de tudo. Foi uma prova de que a Onélia estava errada. E eu passei a minha vida toda torcendo pra que ela realmente estivesse errada. E ela estava.
Pobre Onélia... Acho que de tudo o que eu imaginava que ela sabia, a única coisa que ela sabia mesmo era assustar menininhas de sétima série.
Hoje, acho que no fundo, beeem no fundo, mas beeem lá no fundo mesmo, ela daria tudo pra ser EU.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Felicidade...

...é um fim de tarde olhando o mar!

Só pra deixar claro que eu amo essas meninas. E não é porque somos amigas. Não é porque temos uma banda. Não é porque somos como irmãs.
Eu amo elas porque elas fazem eu ser EU. Sem elas, eu sou apenas parte de mim. Com elas, e apenas com elas, eu me sinto completa.
Se eu pudesse fazer horcruxes, elas seriam as minhas. Porque nelas eu confio minha vida.
Rock Roach ♥



Jujuba Roach.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Amizade


Ok, então você acha que tem muitos amigos.
Vamos fazer um teste.
Faça uma lista de amigos que você considera muito.
Dessa lista, quais você perderia contato se parasse de frequentar as festas?
Só nessa pergunta provavelmente a lista já reduziu bastante.
Dos que sobraram, quais deixariam de ir à praia num dia lindo de sol pra ir até sua casa te dar um abraço porque você levou um pé na bunda?
É, a lista está cada vez menor. Se tiver restado alguns ainda, eis a última pergunta:
Desses últimos que restaram, quais aguentam te ver feliz?
...
É, você só pensa que tem muitos amigos, mas na verdade você tem muitos CONHECIDOS.
Amigos de verdade não são aqueles que sempre lembram de convidar você quando fazem festa, e nem aqueles que te dão um ombro amigo quando você está na fossa. Amigos de verdade mesmo, são aqueles que aguentam te ver feliz e não sentem nem um pingo de inveja. Esses sim, são raros. 
A minha lista começou com 20 amigos. E bem, prefiro não comentar como terminou, vocês já devem imaginar.


Jujuba Roach.

Porque você insiste na palavra "atitude"?

Talvez você pense que é um produto pra tentar ficar imune.
Você pensou que deste jeito ia mudar o mundo um dia...
Mas não é um piercing no nariz, meu bem... Nem seu corte de cabelo.
Suas idéias sociais, de tão otárias já não colam mais.
Atitude... Não confunda PRECONCEITO com atitude.
Atitude... Pro inferno com essa sua atitude.
Porque você insiste em cobrar dos outros atitude?
Vai apontando o certo ou errado em tudo que vê.
Você pensou que deste jeito ia mudar o mundo um dia.
Com suas idéias sobre o underground ou com um "A" pintado na mochila...
Suas idéias sociais, de tão otárias já não colam mais.
Atitude... Não confunda PRECONCEITO com atitude.
Atitude... Pro inferno com essa sua atitude!

Tequila Baby.

Querida amiga Fobia,


Cada vez que os meus pulmões se enchem é um alívio...
E cada vez que eles esvaziam, um receio...
Você me faz valorizar o ar que eu respiro.
Até consegue enganar meus olhos,
Que enxergam as paredes,
Que se movem, que se atraem, que se aproximam...
O meu ódio por você é incalculável,
Tão extremo quanto a sensação de liberdade,
Que apenas você consegue fazer com que eu sinta.
De algum modo que eu não sei explicar...
... Eu preciso de você pra sobreviver.

Jujuba Roach.